Olhar cintilando sob o azul do céu
Encanto, emoção se espalhando ao léu
Palavras sentidas, aurora da razão
Quanto dedicou, livre coração
Mas sujeito à injustificada incompreensão
No túnel do tempo a vida passou
Tanto se expandiu, tão pouco mudou
Maquiada em sutilezas, tão cruel quanto
já foi
Monstros se nutrindo de medos e aflições
E os engodos em seu nome ainda iludem
multidões
Pro infinito tantos gritos em silencio
vão
E estilhaços de esperança se espalhando
ao chão, que ilusão...
Só em tragédias e calamidades param pra
pensar
Por que antes do Armageddon ninguém faz pra mudar?
Progresso, cultura, civilização
Berço inspirador molda a frágil união
Donos das fronteiras, como sempre existiu
Urros e trovões, força e poderio
Maquiavel já disse “predador assim nunca
se viu”
Guardado entre paredes vida ecoa digital
A tela reproduz, nem parece que é real
Ínfima existência, já vê asas que não tem
Se põe longe do mal mas o que é que faz
de bem?
Vai cuidando de sua vida e não se aperta
por ninguém
Até quando esse cinismo vai predominar?
O egoísmo, nem que for aos trancos, vai
ter que mudar
Ver nas sombras autoria e influenciação
É mais fácil empurrar a culpa a quem não
vê perdão, essa não...
Pro infinito tantos gritos em silencio
vão
E estilhaços de esperança se espalhando
ao chão, na ilusão...
Só em tragédias e calamidades param pra
pensar
Por que antes do Armageddon ninguém faz pra mudar